Carybé nasceu em Lanús em 1911 e recebeu o nome de Hector Paride Bernabó, filho de pai italiano e mãe brasileira. Ele passou maior parte da sua infância na Itália e mudou-se para o Brasil em 1919.
foi em um grupo de escoteiros no Rio de Janeiro que ele recebeu o
apelido de Carybé,um peixe de água doce, pelo qual ficou- se conhecido em todo
o mundo.
Em 1938 Carybé foi a cidade de Salvador, na Bahia pela primeira vez, e
em 1950, fez dela a sua residencia definitiva. Sete anos depois Carybé
naturalizou-se brasileiro.
Caribe viveu e amou a cultura da Bahia,seus trabalhos são permeados com
as cores vibrantes, com a cultura multiétnica e com as misticas tradições
religiosas da região.A cultura afro-brasileira inspirou carybé.
Casado com a Argentina Nancy durante cinquenta anos, com quem teve dois
filhos: Ramiro, artista plástico e Solange, uma biológa. Segundo sua família,
Carybé era um homem de muita fé. Ele costumava dizer que era um "branco
suspeito", devido sua grande proximidade e admiração pelos valores do
candomblé da Bahia.
Em 1950, Carybé se estabelece em Salvador, Bahia,
pois tinha arrumado um emprego que para ele era um presente dos deuses,
desenhar as cenas da Bahia. Passa então a fazer parte do movimento de renovação
das artes plásticas. Era um apaixonado pela cultura Afro-Brasileira, o
Candomblé, tanto que era obá de Xangô, inclusive foi durante uma seção de
candomblé, no dia 2 de outubro de 1997 que teve um ataque cardíaco e morreu.
Obras:
Carybé produziu cerca de cinco mil trabalhos entre esboços, esculturas, pinturas, desenhos e ilustrações. Ilustrou livros de autores consagrados como: Jorge Amado, Gabriel García Lorca, Mário de Andrade, Pierre Verger, entre outros.Carybé atuou também nas artes cinematográficas, foi figurante e diretor artístico, fez os desenhos de cenas do filme 'O Cangaceiro', de Lima Barreto. Foi autor e co-autor de vários livros, e publicou a íconografia dos deuses africanos no candomblé da bahia.
No
Museu Afro-Brasileiro de Salvador encontra-se uma parte da obra do artista,
composta de 27 painéis representando os orixás do candomblé da Bahia,
confeccionadas em madeira de cedro e entalhadas e encrustadas de materiais
diversos.
"Festa do Pilão de Oxalá"; desenho da série Iconografia dos Deuses Africanos:
"Índios Guerreiros"; painel no edifício Campo Grande (Salvador, BA):
As imagens de Carybé são carregadas de informações. As imagens artístico-pictóricas, figurando como acepção da realidade, admitem inferir uma concepção de meta-representação à medida que sua produção já é a representação do mundo do artista visto através de suas pinceladas:
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